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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Consciência cristã na apologia bíblica

Por Eliseu Antonio Gomes


É importante fazer uso da Palavra de Deus como regra de fé e conduta. Mesmo que a intenção seja a melhor de todas, ninguém despreze a Palavra de Deus, pois esse desprezo é pecado. Quem a despreza perecerá (Provérbios 13.13).

O apologeta cristão é ponderado, não é preconceituoso. O exercício de sua competência reside em ter conceito concebido com bases em pesquisas sérias. Ao abordar qualquer tema, não faz isso movido pela pressa, mas pela moderação e ciência dos fatos abordados. Ação apressada e preconceituosa não é atitude coerente à apologia cristã.

O autêntico apologista do evangelho combate atitudes e afirmações absurdas. Não é combatente de ações que apenas causam o estranhamento da cristandade na ordem pessoal. Usa a apologia cristã para responder tudo que realmente é estranho às normas da prática do Evangelho de Cristo. Tem plena consciência que é essencial conhecer seu público-alvo e se dirigir especificamente para ele. Quando é preciso, evita usar terminologias técnicas, comunica-se com linguajar coloquial para que todos entendam com facilidade o que deseja transmitir. É conciso e claro, evita possíveis ambiguidades.

O apologeta deve praticar a apologia com total imparcialidade, colocando-a acima de interesses pessoais e de terceiros, acima de instituições, convenções, liturgias e dogmas (Tiago 3.13-18).

O praticante da verdadeira apologia preza por todo o conhecimento adquirido, principalmente o teológico. No mínimo, possui razoável conhecimento de teologia. Sabe que o propósito da prática de apologia é salvar almas, e para tal finalidade não é preciso ostentar títulos acadêmicos e diplomas em seus textos e homilias.

A condição do apologeta é humana. Portanto ele não deve confiar em seu coração, que é extremamente corrupto e pode enganá-lo. Não deve confiar plenamente em seu coração e nem no coração de terceiros (Jeremias 17.5-9).

O apologeta cristão não deve tomar como base suposições para praticar a apologia. Ninguém deve crer que possui a noção exata de tudo o que acontece além do alcance de seus olhos. Só Deus é onisciente e sabe de tudo (Hebreus 4.13).

A comunicação eficaz é aquela em que é dito tudo o que é preciso e a mensagem é plenamente entendida por quem ouve ou lê. As generalizações provocam confusão. Elas são sempre injustas e os injustos não entrarão no céu (1 Coríntios 6.9). E sendo assim, todos precisamos evitar generalizar em todas as situações. Ao abordar problemas comportamentais, quem pratica apologia cristã precisa fixar-se no assunto em foco, sabendo que deve manter-se justo e que o objetivo da prática apologética é eliminar a prática do pecado, não é atacar pecadores (Efésios 6.12).

O apologista praticante da Palavra de Deus respeita a autoridade pastoral, contudo não se comporta como seguidor cego de líderes Y ou X. Ele segue Jesus Cristo e, eventualmente, faz uso da Bíblia Sagrada para avaliar o que os líderes cristãos fazem e dizem. Faz isso combatendo o pecado e nunca os pecadores.

O apologeta cristão não é ofensor. Um erro nunca justifica outro. Então, ao batalhar em favor da fé cristã, rejeita a utilização de práticas carnais para salvar aqueles que estão na carne (Judas 21, 23). Ele tem amor pelas almas, prega o Evangelho Puro e Simples, envolve-se em ações específicas que representem em 100% o amor, a pureza e a simplicidade cristãs. Faz isso usando as Escrituras Sagradas na oratória e na prática diária.

Fazer apologia das verdades do Evangelho é evidenciar e também defender o uso da Palavra de Deus objetivando que ela seja conhecida e praticada fielmente pelos cristãos. No trato com a Palavra e com as pessoas, considerar que ninguém e nenhuma instituição estão acima da autoridade das Escrituras Sagradas.

A verdadeira prática apologética não tem espaço para ofensores, deboche, escarnecedores. A zombaria, o escárnio, afastam as almas de Jesus Cristo e daquilo que o ofensor defende. Ironizar é praticar ação escarnecedora e convém não se assentar com escarnecedores (Salmo 1). A dureza de palavras provoca a raiva contra quem as emite e o resultado espiritual é negativo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1.

Jesus é o Sumo Pastor das ovelhas e continua a cuidar de todas elas. Confiemos nEle e ao mesmo tempo usemos unicamente a Bíblia Sagrada para combater o pecado. É a Palavra de Deus que alimenta, sustenta, traz às almas o discernimento espiritual necessário. Salmo 119.105; Jeremias 23.29; 2 Timóteo 2.15; Hebreus 4.12.

E.A.G.

2 comentários:

Apologeta 17 de agosto de 2012 às 10:06  

Caro Antonio.

Bem eu concordo com o seu artigo, mas me tire uma dúvida: se usarmos esse texto de Provérbios acerca da dureza das palavras afastarem as pessoas de modo absoluto, teria então Jesus pecado ao chamar os fariseus de serpentes e raça de víboras? Se, de acordo com seu raciocínio não devemos ofender as pessoas, creio que estamos impossibilitados de pregar o Evangelho pois a Graça de Deus nos humilha e a Palavra de Deus perfura o orgulho humano. Se o Evangelho não tem como resultado revelar os pecados dos homens, como concordar com tal afirmação à luz de João 3:20 o qual vocifera contra os ímpios perdidos que os tais não vem pata luz para que suas obras não sejam taxativamente repudiadas e condenadas? Explique então como essa sua afirmação pode concordar com Cristo chamando os fariseus de filhos do diabo!

Grato e aguardo resposta,

Apologeta

Eliseu Antonio Gomes 19 de agosto de 2012 às 08:03  

Amigo Eduardo França.

A sua pergunta contém a resposta. Jesus se dirigiu aos SACERDOTES JUDAICOS, líderes religiosos que usavam a religião judaica interpretando os textos sagrados de maneira intencionalmente distorcida. Quem Jesus Cristo chamou de hipócritas, raça de víboras e filhos do diabo, realmente eram pessoas falsas destilando o veneno da distorção da Palavra de Deus – tal qual fez Satanás incorporado na serpente quando dialogou com Eva no jardim do Éden. Jesus estava correto. Foram esses líderes judaicos os responsáveis pela morte de cruz de Jesus, quem incentivaram o apedrejamento de Estevão e outras mortes de cristãos.

Jesus Cristo usou os mesmos adjetivos contra os discípulos? Não! Poderia ter usado contra Judas Iscariotes. Mas não fez isso. O que nos leva a pensar que a mensagem peçonhenta dos fariseus o envenenou, induziu a fazer o que fez. Os fariseus souberam agir com perspicácia para usar o coração ganancioso de Judas contra Jesus.

A missão de Jesus Cristo era anunciar o Evangelho e curar enfermos. Jesus nunca foi aos fariseu para debater, eram os fariseus que vinham até ele, sagazes, o procuravam e o tentavam. Jesus apenas respondia.

Eu creio que você saiba, a prática da apologia é sempre na posição de resposta. Estar preparado para responder com mansidão sobre a nossa fé, tendo Cristo santificado no coração (1 Pedro 3.15; Tito 1.8-10).

Eu e você não temos o atributo da onisciência. Não sabemos o que vai dentro do coração do próximo. E, além disso, o cenário de hoje é diferente. A “apologia” que eu condeno é de irmão de fé contra irmão de fé, cristãos contra cristãos. Há falta de vontade em praticar o amor cristão. Os "apologistas da fé" agem movidos por questões diferentes das motivações que levaram Jesus a responder o que disse aos fariseus.

O apologeta jamais deve agir por suposições, interesses pessoais ou de uma instituição eclesiástica. Mas, infelizmente, estamos vendo a destruição da classe apologética por parte de alguns que se identificam como apologistas cristãos, pessoas agindo totalmente fora da dinâmica que as Escrituras Sagradas apresentam. Criticam quem desconhecem, quem jamais esteve frente a frente. Gostam da crítica debaixo de holofotes, do glamour de livros e conferências. Deveriam ter a coragem de Paulo e ir resistir aos criticados na cara deles, como fez Paulo com Pedro, quando o achou em falta. Conversa franca e entre os dois, apenas, nada de usar a ausência do criticado para citá-lo para multidões.

Sobre João 3.20: temos nesta passagem a descrição das almas que desprezam Jesus e a consequência desse desprezo. Tenha certeza que neste bojo estão muita gente se identificando como apologeta cristão, pois usam a Palavra sem praticá-la. Refiro-me principalmente aos que se dizem praticantes de apologia cristã mas gostam de hostilizar pessoas, zombar, citando nomes e fazendo trocadilhos com esses nomes. Onde está a mansidão neste comportamento? Não há amor nisso, há pirraça, escárnio. São pirracentos, escarnecedores.

Abraço.

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